A análise forense ficou bastante conhecida graças à popularização da perícia em dezenas de seriados policiais. Com personagens centrais ou coadjuvantes, muitas dessas séries passaram a explorar o desafiador e fascinante dia a dia da avaliação e produção de provas para o âmbito judicial.
Dessa maneira, os profissionais das ciências forenses, ou perícia forense, ganharam notável visibilidade e tiveram sua atividade melhor delineada aos olhos das pessoas comuns. Entendeu-se também sua importância nos tribunais para ofertar a visão de especialista, o que auxilia a elucidação de crimes e processos.
Só que a realidade da análise forense costuma ser muito mais complexa do que qualquer seriado pode representar.
Produzir e avaliar evidências exige habilidade técnica, domínio de metodologia e ferramentas científicas, além de conhecimento em legislação. Sem mencionar que, no contexto da criminalística, é preciso lidar com crimes reais.
Mas, afinal, o que é análise forense e como ela funciona? Essas são algumas das questões que respondemos neste artigo. Boa leitura!
O que é análise forense?
O trabalho de análise forense consiste em aplicar conhecimento e metodologia científicos, de diferentes áreas, a problemas judiciais e investigações criminais.
O objetivo central é obter a avaliação de um especialista sobre temas e elementos que guardem relação com o âmbito judicial. Por isso o nome forense, relativo a foro, local onde se processa a aplicação da justiça; o tribunal/juízo.
A atividade é frequentemente atrelada à perícia criminal, mas, na verdade, é uma prática de um campo mais amplo. No entanto, todas as análises oferecem respaldo científico/técnico aos processos.
São submetidos aos métodos desse tipo de análise os materiais coletados em cenas de crimes, como impressões digitais, fragmentos de objetos em locais de acidentes, imagens, áudios e mesmo vestígios on-line de cybercrimes.
Como funciona a análise forense?
A prática forense, como dissemos, segue a metodologia científica; assim, em cada área do conhecimento, de acordo com o objetivo pretendido e normas legais específicas, uma série de etapas e ferramentas de análise é mobilizada.
De maneira geral, podemos segmentar o funcionamento da análise forense da seguinte maneira:
– levantamento de informações: refere-se ao estabelecimento de todo o contexto inicial, seus fatos e elementos materiais.
– coleta e documentação de vestígios: este é o momento que lida com as hipóteses, com o reconhecimento e produção das provas, além de sua preservação e análise.
– correlação de vestígios: para que haja elucidação e melhor interpretação, verificam-se as relações entre os materiais relevantes coletados.
– reconstrução dos eventos: esta é a culminância de todos os procedimentos e análises realizadas, o que permite a compreensão ampla dos fatos que geraram as evidências.
Por exemplo, pensando na área forense computacional, quando há investigações sobre pornografia infantil, normalmente há o seguinte caminho:
- levantamento dos indícios que estabelecem a situação;
- apreensão de equipamentos (notebooks, celulares e outras mídias);
- levantamento e documentação de evidências digitais com o auxílio de ferramentas diversas;
- análise e correlação das provas por meio de metodologia(s) específicas; e
- reconstrução que responde quem, quando, onde e de que forma um crime ou evento aconteceu.
Embora seja muito comum que a análise forense propriamente dita ocorra em laboratórios, em alguns segmentos o trabalho começa em campo, como locais de crime. Vale ressaltar também que as etapas de análise não são estanques, variando segundo a área e as evidências coletadas.
Os resultados da investigação forense são normalmente apresentados em relatórios, pareceres e laudos, e muitas vezes os profissionais podem ser convocados a expor achados e explicações em tribunais.
Quais profissionais desempenham análises forenses?
Cientistas forenses são especialistas de campos diversos, como química, física, psicologia, entomologia, documentoscopia, medicina, biologia, farmácia, engenharia, antropologia etc.
Pós-graduação para atuar com maestria
Como dissemos, a análise forense conjuga as práticas respaldadas pela ciência e os ritos do sistema judicial; por essa razão, muitos profissionais que desejam atuar no campo forense ingressam em especializações e MBAs focados em perícia.
Somente a graduação não costuma preparar para atuação nesse sentido, por isso investimento em cursos para a prática forense é um caminho muito lógico.
Existem cursos mais gerais e outros segmentados por área, que auxiliam também na ampliação de ferramentas para conduzir análises.
Mesmo as pessoas interessadas em prestar concurso público para perito criminal acabam indo para as pós-graduações a fim de ganhar vantagem competitiva.
No entanto, a área de perícia judicial e a assistência técnica pericial são também mercados em ascensão.
Assim, em busca de ampliar e alavancar a carreira, muita gente tem buscado se especializar para atuar em defesa, acusação e como suporte ao juiz.
Interessante como pode expandir a atuação profissional, não é mesmo?
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