Como ser um perito criminal? Diante dessa questão, é normal que muita gente se lembre de seriados, filmes policiais e do processo de coleta de impressões digitais, vestígios de DNA e muitos outros rastros que permitem reconstruir e explicar ações criminosas.
Longe dos casos de CSI, em que tudo parece perfeito e rápido, os peritos criminais brasileiros têm um dia a dia bastante desafiador. Afinal, é preciso lidar com crimes cada dia mais elaborados, com implicações diversas.
A verdade é que muita gente pensa em como ser perito criminal, mas conhece pouco essa profissão. Na prática, a perícia criminal é um campo realmente instigante, ideal para quem gosta de pesquisar e investigar.
Pensando nas dúvidas que surgem sobre a carreira em perícia forense e criminal, elaboramos este artigo. Confira!
Como ser um perito criminal: dia a dia profissional
O cotidiano de um profissional em perícia criminal varia em função do segmento em que ele atua. Alguns passam boa parte de seus dias em locais de crime, outros, mais tempo em laboratório ou escritório.
Além disso, ao contrário do que os seriados de TV possam sugerir, nem todo perito lida diretamente com crimes envolvendo violência e alto grau de periculosidade.
Assim, o perito contábil, por exemplo, é responsável por avaliar o cumprimento da lei nas prestações de contas de transações financeiras e tributos. Logo, seu campo de atuação normalmente será este, embora ele possa ser convocado para dar sua contribuição em processos criminais de outra natureza.
Peritos criminais são profissionais de extrema importância nos processos de justiça porque seu trabalho de coleta e análise oferece bases científicas ao cumprimento da lei e respostas à sociedade e ao Estado.
Engana-se, no entanto, quem vincula a atuação profissional exclusivamente às polícias e institutos de criminalística. Cada dia mais, peritos têm sido contratados enquanto autônomos para atender a uma demanda mercadológica.
Essa procura maior por profissionais se deve ao alto índice de criminalidade e à pouca disponibilidade de peritos em território nacional.
Portanto, se você está pensando em como ser perito criminal, este é um bom momento!
Áreas da perícia
Segundo a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais – APCF, uma das principais instituições representativas nacionais dessa profissão, a Investigação Forense e Perícia Criminal, se divide em 14 áreas.
- Patrimônio Cultural
- Financeiro e Contábil
- Informática
- Balística Forense
- Bombas
- Genética Forense
- Química Forense
- Veículos
- Locais de crime
- Audiovisual e eletrônicos
- Documentoscopia
- Meio ambiente
- Engenharia
- Medicina e Odontologia Forense
O que é necessário para ser perito criminal?
Muito se questiona acerca dos requisitos para ser perito criminal. A verdade é que, a princípio, a exigência básica é formação superior, conforme o artigo 5º da Lei nº 12.030 de 2009.
Normalmente, boa parte das pessoas interessadas em como ser um perito criminal tem em vista os concursos públicos, com remunerações que podem chegar a mais de R$ 20.000. Contudo, o concurso não é obrigatório para atuar na área.
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É possível atuar também como assistente técnico, que é um profissional contratado pela parte envolvida em processo para representá-la e escrever pareceres sobre laudos feitos por peritos.
Nesses pareceres constam uma tese acerca do que foi submetido ao processo de perícia. Além disso, há comentários sobre pontos falhos ou positivos no laudo do perito e que corroboram o parecer.
Como ser perito criminal por meio de concursos públicos
É possível fazer concurso para perícia do nível municipal ao federal. Normalmente, os peritos trabalham nos Institutos de Criminalística (ICs) de cada local.
É comum que os certames abram vagas para profissionais com formações específicas, especialmente na área de ciências e tecnologia. Assim, graduados em engenharia, contabilidade, biologia, medicina e tecnologia da informação são bastante contemplados nos editais.
No entanto, há também certames que aceitam graduados em qualquer área de formação, e mesmo áreas menos comuns, como museologia, psicologia e fonoaudiologia, recebem vagas.
Esses processos seletivos são compostos de provas objetivas e discursivas que atravessam várias disciplinas, a exemplo de língua portuguesa, raciocínio lógico e direito. Além dessa etapa, há ainda teste de aptidão física e avaliação médica, entre outros.
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Quem é aprovado em concurso público, antes de começar, passa ainda por um curso de formação técnico-pericial fornecido pela instituição.
Os grandes desafios da profissão são a concorrência e a qualidade da formação. Todas as áreas exigem conhecimentos diversos, e os mais bem capacitados são os que alcançam contratação ou aprovação em concurso.
Além disso, os concursos costumam não ser tão frequentes em algumas localidades. Isso desencadeia muita migração de concurseiros para outros estados e faz da atuação privada uma opção mais imediata para trabalhar.
Cursos para ser perito criminal
Para ter uma formação mais completa, muita gente tem recorrido às Pós-graduações para começar a atuar e/ou prestar concurso público.
Essas formações, que combinam teoria e prática, são oferecidas com foco em cada uma das áreas ou em Perícia Forense, fornecendo uma visão mais ampla.
Os pontos altos desses cursos são que eles fornecem certificação e costumam unir pessoas que vão ingressar na carreira, que buscam atualização e de outros campos da justiça. Isso cria um espaço enriquecedor de troca e potencializa a formação.
Além disso, as especializações podem contar para a prova de títulos em um concurso público e conferem mais credibilidade ao profissional.
No Brasil, o IPOG – Instituto de Pós-graduação e Graduação é uma instituição de Ensino Superior (IES) que oferece cursos de Pós-graduação e curta duração em perícia.
Portanto, se você quer sair na frente e avançar na sua carreira por meio de uma formação de qualidade, entre em contato conosco para saber mais!