Sustentabilidade no design de interiores: 6 estratégias que todo arquiteto deve conhecer

O tema sustentabilidade é cada dia menos discurso e mais ação nos diferentes setores da sociedade. Produtos e serviços orientados pela atenção sobre o tema têm valor agregado, e empresas comprometidas com práticas sustentáveis atraem investidores e clientes.

O comportamento dos consumidores tem impulsionado as empresas a adotar práticas sustentáveis, mas também a dimensão individual nesse cenário tem ganhado relevância, não apenas por uma consciência dos recursos naturais limitados e do aquecimento global, mas também porque há uma vontade de reconectar-se com a natureza para o bem-estar, especialmente no mundo pós-pandemia, ser consciente e ético com o consumo e gerar economia.

A sustentabilidade no design de interiores é justamente um conjunto de ações nos ambientes que materializa essa vontade de fazer a sua parte como cidadão e colher as vantagens de um espaço orientado para ser eficiente, econômico, confortável e com o menor impacto ambiental possível.

Os processos construtivos estão buscando ser mais limpos, seguros e menos danosos, a arquitetura também está entregando soluções mais ecologicamente adequadas, como a bioarquitetura.

Neste artigo, confira dicas para aplicar a sustentabilidade no design de interiores. Boa leitura!

Por que investir em projetos de sustentabilidade no design de interiores?

As vantagens de apostar na sustentabilidade no design de interiores são muitas, envolvem diferentes aspectos nos projetos e contemplam não apenas a dimensão ambiental, mas também a social e econômica.

As construções sempre causam danos à natureza, mas se há escolhas e ações que são melhores e mais adequadas, com benefícios de longo prazo, por que não investir nisso?

O design de interiores sustentável é vantajoso porque se orienta pela noção de que não é preciso abrir mão do conforto humano, de uma boa proposta estética e da eficiência para ser eco-friendly. Há vários cases no Brasil de construções com certificação LEED e ambientes decorados criativos e incríveis.

Outro ponto de atenção é o custo-benefício, pois o designer deve estar atento a toda a cadeia produtiva, desde a origem dos materiais e móveis, sua fabricação e reutilização até a durabilidade. Além disso, as propostas consideram soluções para economia de energia, água, gás etc. Bom para o bolso e para o meio ambiente.

Em linhas gerais, não se trata apenas de uma mobília reciclável, mas de projetos que unam baixo impacto ambiental, eficiência, durabilidade, reaproveitamento, economia e contribuam para a qualidade de vida dos usuários.

É a lógica da sustentabilidade no design que está na base do conceito das smart cities e dos edifícios inteligentes.

6 dicas para a sustentabilidade no design de interiores

Tanto projetos residenciais quanto comerciais podem usufruir dos benefícios de um design de interiores eco-friendly. Confira!

  • Respeite o contexto

É preciso investir em escolhas respeitosas para o entorno da construção. Tudo deve convergir para uma integração o mais harmoniosa possível entre edificação e os elementos que compõem o ambiente, como plantas, luz etc.

Como criar momentos especiais ou experiências únicas nessa interface? É preciso respeitar as árvores existentes, por exemplo, e encontrar os espaços certos para aproveitar ou integrar com o interior.

Uma varanda que explora a sombra da copa das árvores pode ser transformada em um bom espaço para leitura ou para se desconectar da rotina, em contato com o natural, por exemplo.

  • Qualidade dos materiais

É preciso estar atento à qualidade dos materiais. Opte sempre pelas opções mais atóxicas possíveis, sem metais pesados. Tintas, vernizes e outros elementos não devem ter COVs (compostos orgânicos voláteis) e outros compostos perigosos na sua composição.

Isso auxilia na saúde, no meio ambiente e impulsiona os fabricantes a buscar soluções mais adequadas de produção.

Um projeto de design de interiores sustentável deve buscar soluções para favorecer a entrada de luz natural. Isso pode ser feito com o uso de janelas maiores, painéis de vidro, vidros eletrocrômicos etc. – soluções para reduzir o uso de luminárias, por exemplo.

Além disso, os projetos luminotécnicos podem incluir lâmpadas mais econômicas, como as de LED, ou ainda tecnologia para detecção de presença e funcionamento automático.

A mesma lógica econômica pode orientar a escolha dos eletrônicos em versões que consomem menos energia.

  • Climatização

Reduzir o uso de ar-condicionado e, consequentemente, o consumo de energia por conta da climatização é outro aspecto do design de interiores sustentável.

Nesse contexto, cortinas de materiais naturais, capazes de bloquear a incidência de sol e calor ou ainda janelas para uma ventilação cruzada eficiente, além de projetos que considerem a dinâmica climática da região, são alternativas para gerar um ambiente sustentável e agradável sem o uso de equipamentos de condicionamento.

  • Economia de água

Quando o assunto é reduzir o consumo de água, múltiplas opções estão disponíveis. Há torneiras com design próprio para gerar economia durante o uso, chuveiros que se autorregulam ou ainda peças para reduzir o fluxo.

Vale mencionar também os sistemas de captação da água da chuva, como as waterbox.

  • Mobiliário sustentável

Não dá para falar em sustentabilidade no design de interiores sem considerar os móveis sustentáveis.

Há diversas opções, como empresas que restauram peças antigas, produzem novas a partir de resíduos de outros materiais ou fazem reciclagem com design modulares para um reaproveitamento facilitado.

Descartar móveis sem avaliar as suas possibilidades de reutilização não é mais um caminho adequado.

Especialização é diferencial para profissionais

Quem deseja fortalecer o perfil profissional nessa área da sustentabilidade no design de interiores ou mesmo expandir os horizontes de carreira pode apostar em uma especialização para conhecer mais profundamente as soluções e técnicas para aplicá-las em projetos residenciais, comerciais ou corporativos.

A demanda no mercado existe e arquitetos/designers com pós-graduação têm mais assertividade e um repertório maior e mais atualizado para ofertar propostas diferenciadas aos seus clientes.

No IPOG, além de cursos de curta duração, existe a pós-graduação remota em design de interiores, uma capacitação de ponta a ponta para o profissional que deseja ser destaque no mercado de trabalho.

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