Logística Portuária: como gerir para ter sucesso na área
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Logística portuária: como gerir para ter sucesso na área

A logística portuária é um campo que precisa de mais investimentos e profissionais de qualidade para melhorar a sua expansão na matriz logística nacional e auxiliar na manutenção da competitividade no mercado externo. Atualmente, o sistema aquaviário ocupa pouco mais de 13% do transporte de cargas.

Visto que o Brasil conta com cerca de oito mil quilômetros de costa, a área portuária oferece vantagens importantes, tanto para a área comercial quanto para o consumidor. Afinal, com uma gestão portuária eficaz, é possível gerar menos custos logísticos. Além disso, o transporte aquaviário é mais seguro e menos poluente, além de haver muita capacidade de armazenagem e diversos portos estruturais no país.

Com a Covid-19 e seus efeitos na economia, esse modal, como todos os outros, enfrentou dificuldades, mas a retomada já está em curso. Ademais, há expectativa para o andamento do projeto do governo “BR do mar”, que visa fazer com que o transporte marítimo e a cabotagem sejam mais competitivos em relação ao transporte rodoviário.

Mas como funciona a logística portuária? Quais os seus grandes entraves e as possíveis soluções em um ambiente 4.0? Pensando nessas questões, este artigo traz alguns insights sobre essa área e sobre como investir na formação profissional é importante nesse cenário. Boa leitura!

Principais processos que fazem parte da gestão portuária

Quando pensamos em processos de logística portuária, podemos destacar pelo menos três eixos essenciais:

Complexo fixo

Refere-se à parte infra-estrutural, como  terminais portuários, armazéns, cais, maquinaria etc.

Administração

São os órgãos incumbidos da gestão dos portos, assim como das docas, como o GEMPO, o OGMO e o CAP.

Operacional

A logística portuária é um campo que precisa de mais investimentos e profissionais de qualidade para melhorar a sua expansão na matriz logística nacional e auxiliar na manutenção da competitividade no mercado externo. Atualmente, o sistema aquaviário ocupa pouco mais de 13% do transporte de cargas.

Visto que o Brasil conta com cerca de oito mil quilômetros de costa, a área portuária oferece vantagens importantes, tanto para a área comercial quanto para o consumidor. Afinal, com uma gestão portuária eficaz, é possível gerar menos custos logísticos. Além disso, o transporte aquaviário é mais seguro e menos poluente, além de haver muita capacidade de armazenagem e diversos portos estruturais no país.

Com a Covid-19 e seus efeitos na economia, esse modal, como todos os outros, enfrentou dificuldades, mas a retomada já está em curso. Ademais, há expectativa para o andamento do projeto do governo “BR do mar”, que visa fazer com que o transporte marítimo e a cabotagem sejam mais competitivos em relação ao transporte rodoviário.

Mas como funciona a logística portuária? Quais os seus grandes entraves e as possíveis soluções em um ambiente 4.0? Pensando nessas questões, este artigo traz alguns insights sobre essa área e sobre como investir na formação profissional é importante nesse cenário. Boa leitura!

Principais processos que fazem parte da gestão portuária

Quando pensamos em processos de logística portuária, podemos destacar pelo menos três eixos essenciais:

Complexo fixo

Refere-se à parte infraestrutural, como  terminais portuários, armazéns, cais, maquinaria etc.

Administração

São os órgãos incumbidos da gestão dos portos, assim como das docas, como o GEMPO, o OGMO e o CAP.

Operacional

São os grupos de trabalhadores que atuam nos processos da logística, a exemplo de rebocadores, engenheiros, operadores portuários, pilotos marítimos, entre outros.

São os grupos de trabalhadores que atuam nos processos da logística, a exemplo de rebocadores, engenheiros, operadores portuários, pilotos marítimos, entre outros.



Em linhas gerais, pode-se dizer que a logística portuária envolve processos de armazenagem, transporte, administração e gerenciamento de estoque.

Vale sempre lembrar que o porto é um ponto de transbordo, uma espécie de hub que envolve outros modais (rodoviário, ferroviário, dutoviário etc.). Nesse segmento, são realizadas atividades complexas de comércio que envolvem órgãos regulatórios exigentes. Há sempre muitas etapas, protocolos e documentações a cumprir.

Assim, abarcando processos tanto de importação quanto de exportação, a falta de uma ótima gestão de processos da logística portuária prejudica e até mesmo encarece o grande esquema de produção, escoação e comércio.

Por que a logística portuária é importante para a economia do país?

Quando se pensa em comércio exterior e nos bilhões movimentados todos os anos, além dos milhares de empregos gerados, desenha-se um contexto que depende da atividade portuária. Mais de 95% da atividade de exportação passa pelos portos.

Com a solidificação das relações comerciais do Brasil com a China, além de outros mercados na Ásia, o comércio portuário se intensificou e já representa mais de 14% do PIB nacional. O fato é que o transporte aquaviário de cargas é fundamental para a manutenção das cadeias produtivas e injeta muito dinheiro na economia.

Dessa maneira, uma boa logística é fundamental para a manutenção do fluxo de negócios. Vale lembrar que o país já perdeu vendas importantes por gargalos e problemas com o transporte de longo curso.

Desafios e limitações da logística portuária brasileira e seus impactos na economia

A primeira limitação em que a logística portuária esbarra é na sua relação com os outros modais e a infraestrutura disponível. Especialmente em termos de produção agrícola, a produção aumentou, mas a infraestrutura para transporte não acompanhou.

Há sobrecarga em certos portos, como o de Santos; além disso, 57% das estradas nacionais estão em condições inadequadas, prejudicando a trafegabilidade. Há pouca exploração do potencial ferroviário e apenas 45 dos 137 portos e terminais nacionais operam internacionalmente, mas com falhas graves.

O segundo ponto de atenção se deve à questão da cabotagem no Brasil. Com a maior parte da população vivendo próxima à costa, se houvesse investimento em estruturar e fomentar a prática, especialistas sustentam que haveria um custo logístico menor, beneficiando clientes e produtores.

Outro ponto que pode ser apontado como um desafio à logística portuária é o excesso de burocracia ineficiente. Como ocorre em todo o setor de transporte de cargas, há sempre muitas documentações e processos que poderiam ser simplificados.

Contudo, referente a esse ponto, o Congresso Nacional aprovou uma pequena reforma para reduzir a burocracia nos portos públicos. Entre as medidas, está a dispensa do processo de licitação para o arrendamento portuário em contextos nos quais apenas uma empresa queira explorar a área.

Por fim, mas não menos importante, um desafio que pesa na atividade portuária é a questão da transformação digital. Falta investimento e adesão a tecnologias e inovações que tornem as atividades mais inteligentes, automatizadas e centralizadas.

A logística 4.0 é marcada por cultura ágil, controle mais assertivo dos projetos e processos e integração fluida entre diferentes setores e modais.

Diante desses problemas, fica claro que uma solução adequada envolve sempre múltiplas frentes e união, tanto da iniciativa pública quanto dos produtores e profissionais da iniciativa privada.



Tecnologia nos portos: como ela ajuda a logística?

O profissional que busca uma logística portuária mais eficaz precisa de uma visão aprofundada e inteligente das necessidades da área e do que já está disponível em termos de tecnologia e, sobretudo, habilidade em gestão estratégica.

Há soluções para gestão de processos, estoque (WMS), registro de mercadoria (etiquetas RFID), plataformas digitais para documentação, controle da carga e do tempo de armazenagem, entre outros. Tudo isso contribui para alcançar mais eficiência e aumento da capacidade de negócios.

Para atuar na logística de portos com inteligência, é preciso se especializar, conhecer de forma ampla os desafios cotidianos do setor, ter expertise para oferecer soluções criativas e de qualidade.

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Sobre Edésio Lopes

Doutor engenharia civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Infraestrutura Viária, onde também obteve o seu mestrado, graduado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). É coordenador do MBA de Infraestrutura de Transporte e rodovias do IPOG; MBA Geociências e Geotecnologias; MBA Planejamento Urbano Sustentável; MBA Executivo em Logística de Distribuição e Produção. É colaborador na IDP engenharia (empresa sediada na Espanha) em projetos voltados para infraestrutura de transportes, logística e mobilidade urbana. Atuou por 9 anos como pesquisador no LabTrans/UFSC em projetos relacionados a infraestrutura de transporte em órgão federias e estaduais. Atuou como professor no setor de Geodésia no departamento de engenharia civil da UFSC e trabalhou no Laboratório de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto em projetos de auxílio à execução de planos diretores municipais.