As dificuldades burocráticas para abrir uma empresa no Brasil são amplamente conhecidas, mas o que dizer dos desafios para sobrevivência no mercado?
O sonho de todo empreendedor é ver o negócio prosperar e amadurecer; no entanto, isso não acontece muitas vezes por causa dos erros da gestão de empresas. Os mais afetados costumam ser os pequenos negócios.
Falhas em finanças e nas áreas comercial, estratégica e de pessoas, além das demais frentes, apontam para a falta de capacitação dos gestores em um ambiente 4.0, que exige inteligência de ponta a ponta.
Levantamentos do Sebrae e do IBGE sobre o tema assinalam que a taxa de mortalidade dos negócios no Brasil é notável. Muitas empresas fecham no primeiro ano ou sequer atingem uma década de existência.
Atualmente, com a mudança brusca de cenário por causa do coronavírus, milhares de empresas já fecharam as portas. Assim, mais do que nunca, a gestão de empresas é crucial para buscar um destino diferente.
Mas, afinal, o que é mesmo a gestão empresarial? Quais ações melhoram e quais ações atrapalham os resultados de um negócio?
O que é gestão de empresas?
Gestão de empresas é um conjunto de ações e estratégias que tem por objetivo assegurar o crescimento sustentável de um negócio. Isso ocorre por meio da estruturação de processos, do planejamento estratégico e da gestão financeira e tributária, além da administração dos recursos humanos e materiais.
Nesse processo, a empresa é conduzida a estabelecer uma cultura organizacional, bem como mensurar resultados e identificar e corrigir falhas e riscos, buscando melhoria contínua.
No entanto, cabe um adendo: obviamente, estamos tratando de um conceito amplo, já que a gestão de negócios envolve múltiplas frentes que precisam ser bem articuladas para gerar ganhos.
Quais são os tipos de gestão de empresas?
Há várias formas de conceituar e categorizar a gestão de negócios. Pode-se falar em gestão meritocrática, democrática e autocrática, mas os 3 modelos mais conhecidos são:
- Cadeia de Valor
- Ciclo de Inovação
- Ciclo de Deming
Cadeia de Valor
Esse tipo de gestão analisa as atividades da empresa para estabelecer o seu valor para consumidores e concorrência.
Tem como metas alavancar a rentabilidade, otimizar os custos e ampliar a vantagem competitiva do negócio no mercado. Essa proposta foi elaborada pelo professor americano Michael Porter na década de 1980.
Ciclo de Inovação
Esse modelo de gestão, baseada em processos criativos e de inovação, segue um ciclo de 3 pilares: criação, implementação e capitalização dos projetos.
Esse tipo de gerenciamento também objetiva elevar a competitividade e agilizar processos com qualidade. O modelo foi proposto pelo economista austríaco Joseph Schumpeter.
Ciclo de Deming
Esse tipo de gestão é baseado em um ciclo de 4 etapas chamado PDCA (planejar, desenvolver, checar e agir). Todas as ações passam por esse processo cíclico e criativo. O modelo proposto por W. Edwards Deming tem como meta tornar a gestão mais eficaz, ágil e com melhoria contínua.
Qual a importância da gestão empresarial para um negócio?
A gestão de empresas é fundamental para implementar boas práticas em cada um dos setores que compõem um negócio.
Não ter controle do caixa, não saber estabelecer bem as lideranças, gastar além do faturamento e não cumprir com as obrigações fiscais são erros que a gestão deve evitar a fim de não cair em falência.
De forma geral, a administração de empresas eficiente é importante para:
- viabilizar mais assertividade nas decisões
- criar uma visão sistêmica da empresa
- desenvolver inteligência de mercado
- garantir utilização eficiente do capital
- ampliar a rentabilidade
- aumentar a produtividade
- avaliar os controles internos
- criar e manter a saúde e o crescimento da organização
- otimizar os processos, conferindo segurança e agilidade
5 erros que você precisa resolver na sua administração para ter melhores resultados
Muitas pessoas se perguntam como aplicar a gestão de empresas ou mesmo não estão atentas aos erros que uma operação já enfrenta. Por isso, elencamos alguns pontos que merecem constante atenção.
Falta de ferramentas de gerenciamento empresarial
Há muitas ferramentas de gestão que possibilitam conhecimento dos fundamentos de um negócio. Por exemplo, a análise SWOT/FOFA e o Business Model Canvas são dois instrumentos básicos, mas que muita gente negligencia.
A primeira é uma técnica de avaliação da competitividade de um negócio. FOFA significa Forças, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças.
Na prática, a análise fornece informação sobre os pontos fortes e fracos, entendendo de que forma é possível responder ao futuro e aos desafios impostos pela concorrência.
O segundo é como um mapa que permite levantar informações estruturais de um negócio como o produto ou serviço ofertado, os custos, o público-alvo, a infraestrutura utilizada etc.
Monitoramento frágil dos números da sua empresa
Não adianta olhar só para vendas ou só um setor, é preciso ter uma visão integral. Uma gestão completa considera indicadores de desempenho em vários setores e estabelece relação entre eles.
Mais do que isso, com a posse desses dados, a gestão pode se orientar de forma mais concreta, avaliar o cumprimento das metas e ter um planejamento estratégico melhor.
Planejamento contínuo ausente ou fraturado
Estabelecer metas e cumprir o passo a passo para alcançá-las são algo que a gestão empresarial precisa fazer continuamente, pensando de forma integrada.
Planejar não é apenas uma maneira de se organizar, é uma forma de prever riscos, corrigir processos e desenvolver melhores respostas para diversos cenários, inclusive tempos de crise.
Pouca qualificação profissional
Uma boa administração de empresas depende de profissionais qualificados, que entendam profundamente o seu próprio negócio e o segmento em que atuam, mas que sejam capazes também de propor mudanças criativas e montar times de sucesso.
A gestão de pessoas é essencial para gerar mais resultados, e um time de alta performance não é alcançado sem investimento em treinamento e gestão da cultura.
Assim, cursos livres, pós-graduação e MBAs nunca são demais para atualizar líderes e colaboradores.
Não investir em tecnologia
Para falar em gestão de empresas inteligente é preciso entender que a tecnologia hoje não é mais um diferencial e sim uma necessidade.
Da logística ao recrutamento, com business intelligence, gestão de projetos e marketing digital, para haver uma gestão centralizada, integrada, mais ágil e assertiva a tecnologia precisa aparecer em múltiplas frentes.
Isso gera economia de tempo e de recursos, agrega valor aos processos de negócios e impacta o consumidor final, que hoje tem uma jornada muito mais complexa com as marcas.
Então, o que pode ser melhorado na sua empresa?
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